A psicoterapia é uma modalidade de atuação da psicologia que objetiva aumentar, elevar, resgatar e fortalecer o repertório comportamental de um sujeito para que ele tenha maior qualidade de vida. Entre os campos de atuação psicológica, temos a prática hospitalar, organizacional, forense, marketing, social, institucional e outras mais, neste artigo, quero referir-me a uma prática específica, a prática clinica, onde observamos as famosas "sessões
de consultório".
Hoje em dia, com os avanços científicos, observamos ainda que esta mesma modalidade de psicoterapia evoluiu e hoje permite que o psicólogo possa atuar como acompanhante terapêutico e com isso, possa levar o seu cliente para "passear", andar, frequentar locais que tenham alguma ligação para com a sua queixa inicial ou secundária e assim, utilizar artifícios, estímulos e dados destes ambientes e das relações emergentes.
Seja em consultório ou no ambiente natural como é chamado o campo do acompanhante terapêutico, o psicólogo com uma sólida formação optará por empregar uma abordagem de trabalho específica (analise do comportamento, psicanálise, sistêmica, humanista, etc) que lhe dá subsídios para enxergar o homem, o mundo que o cerca e a relação entre eles de uma maneira especial. Eu sou adepto da abordagem da analise do comportamento cujas raízes filosóficas baseiam-se no behaviorismo radical de B.F. Skinner.
Nesta abordagem, o foco é o comportamento do sujeito, de modo que todos os aspectos humanos (mente, pensamento, emoções, sentimentos, outros) são tratados como comportamento. Para esta vertente teórica, o homem age, modifica e é modificado pelas relações com o seu meio ambiente, é um ser multideterminado por variáveis culturais, filogenéticas e ontogenéticas. É um ser único em sua totalidade e, por tanto, tratado nesta abordagem como "sujeito único". Automaticamente, eliminamos as "fórmulas mágicas" e passamos a atuar de forma personalizada, avaliando a função de cada conduta e como estas contingências promovem ou eliminam eventos aversivos, eventos de sofrimento ou eventos prazerosos na vida de cada cliente.
Seja o comportamento dito simples, complexo ou de natureza profunda, buscar a psicoterapia não é sinônimo de "estar louco", pelo contrário, se as pessoas tivessem consciência de como a psicoterapia pode ajuda-las a resolver problemas diversos, certamente a procurariam com mais frequência. Um psicólogo poderá ajuda-lo em situações de depressão, auto – estima, anorexia, bulimia, déficit de atenção, ansiedade, estresse, relacionamentos, lutos, impaciência, impulsividade, agressividade, transtornos diversos, ou ainda, com coaching de vida, carreira, orientação profissional, vocacional, auto – conhecimento e afins.
Buscar psicoterapia pode ajuda-lo (a) a solucionar problemas que antes pareciam não ter solução. O profissional de psicologia tem um longo e intensivo treinamento (5 anos de formação - graduação) para observação e registro de comportamento, fortalecimento de empatia, escuta, avaliações contextuais e outras técnicas de exames e aconselhamentos psicológico. Ele dificilmente lhe dará as respostas, mas pode certamente ajuda-lo a traçar os caminhos mais funcionais e a ponderar as consequências de suas escolhas e condutas. Diferente de um simples amigo que somente escuta e geralmente devolve-lhe conselhos aleatórios ou pautados unicamente em suas experiências pessoais, o psicólogo utilizará o que há de disponível em sua abordagem psicológica para auxiliar o seu cliente de forma mais assertiva.
Qual é o momento de procurar a psicoterapia? Não tenho uma resposta fechada, mas tenho uma resposta: "O momento de procurar a psicoterapia é o seu momento. Dê o primeiro passo, escolha com seletividade e o psicólogo lhe ajudará com o resto. Trata-se de um caminho único a ser construído exclusivamente em sua relação terapêutica, ou
seja, entre você e o profissional da sua escolha".
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